sexta-feira, 14 de setembro de 2012

AC/DC - Highway to Hell




AC/DC é foda. Em 2013 a banda completará 40 anos e provavelmente teremos uma nova turnê e um novo álbum. Se você ainda pretende assistir a um show de rock, não o rock da definição primordial do estilo e nem da porcaria atual que mancha esse nome, mas o rock como ele ficou mais conhecido, como foi mais marcante, o “ROCK” que foi mais do que um mero estilo musical, sugiro que você vá ver o show do AC/DC.

Não se engane. Esses caras vão morrer e um dia não existirá mais nenhum resquício daquele rock a não ser velhos álbuns. As crianças vão crescer pensando que Restart é “rock ‘n roll”, que Michel Teló é sertanejo e que MC Catra é funk, e é isso aí, vamos estar na merda.

Portanto, diante deste cenário nada animador, diante da morte do rock, escolhi aqui o último trabalho da banda com o vocalista Bon Scott, que morreu em 1980, afogado em seu próprio vômito, dormindo bêbado no carro de uma amiga. Ironicamente, o álbum é “Highway to Hell”.

A música de mesmo nome é uma das mais marcantes da banda.  O CD traz ainda a excelente “Touch Too Much”. A última faixa, “Night Prowler”, serviu bizarramente de inspiração para um assassino em série nos EUA, que deixava um chapéu da banda nas suas cenas de crime e se autodenominava Night Stalker. A letra contava a história de um menino que entrava no quarto da namorada no meio da noite, mas acho que a finalidade do encontro foi mal interpretada pelo serial killer.

Resumindo, o álbum é legal pra caralho. Desculpem os palavrões, mas sabe como é, Rock And Roll! Transgredir as regras e os bons costumes é o mínimo que eu poderia fazer, porra! Isso aqui que você vai ouvir agora é clássico! Portanto... já sabe.

Depois da morte de Bon Scott, Brian Johnson assumiu o vocal e banda lançou nada mais nada menos que “Back In Black”. Mas desse eu falo mais pra frente...

 .Highway to Hell
.Girls Got Rhythm

.Touch Too Much

.Beating Around The Bush

. Night Prowler











quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pequenas Revoltas - FDPs na Porta


Voltando pra casa, fim de tarde, e é aquela correria pra chegar primeiro na escada rolante, na catraca, na porta do busão e tudo mais. Já não basta o comportamento animalesco e bizarro ao qual nos sujeitamos, parecendo um bando de pombos competindo por pedaços de pão, quando finalmente conseguimos entrar num ônibus, num metrô, num trem, temos de nos deparar com egoístas-filhos da puta. Essa é a pior classe de egoístas, porque eles não precisam estar em aperto para aflorarem e praticarem sua “filha da putisse”.

Estou eu, parado na fila do Cohab Educandário, 8077, no terminal Butantã. O ônibus chega, esvazia e as pessoas começam a entrar. Um por um os assentos vão sendo ocupados, mas o corredor fica sempre vazio. Pois bem, numa dessas estou atrás de dois rapazes e há apenas um lugar lá no fundão. O cara da frente obviamente senta nele. O resto do ônibus estava vazio. V-A-Z-I-O! O cara da minha frente poderia ficar aonde ele quisesse e o que ele faz? Ele vai direto pra porta!!! E não era nem a porta que não é utilizada na Raposo. Não! Era a porta pela qual todo mundo desce! O filho da puta, de “oclinhos”, terno e gravata e mexendo no iPhone, fica a viagem inteira ali! Ele nunca desce! Eu desço já na Eiras Garcia e ele ainda está lá. E o pior é que ele não faz nem menção de se mexer nas paradas para facilitar a passagem das pessoas...

É ou não é um viado? O cara só quer pensar na comodidade dele, na vantagem dele, que não vai precisar passar pelo corredor apertado na hora que quiser descer. Mas os outros que se danem. E  tem ainda aquelas pessoas que ficam já na região da porta, mesmo que o ponto delas seja um dos últimos, e cria-se aquele aglomerado de gente, aquele furúnculo de pessoas no meio do busão entupindo tudo! É uma angina rodoviária! Quem quer descer não consegue, e o fundo do ônibus fica vazio. E nem me falem daqueles outros que sentam na escada da porta, especialmente em ônibus lotado, ocupando espaço de, pelo menos, três pessoas.

Santa ignorância!!! As pessoas não percebem que o egoísmo nessas situações se volta contra elas, que tem de arcar com aquele stress todo do transporte público! O rapaz FDP que citei é a personificação disso. E o pior é que o vejo quase todos os dias desde então... sempre lá, na porta, aproveitando sua “mordomia matreira”, em toda sua glória pródiga de “vagaranhas”.

Tudo bem... volta e meia ele toma um pisão, uma cotovelada na boca, uma malada na napa.. sempre é minha redenção, medíocre mas necessária, e eu me certifico disso! HÁ-HÁ-HÁ (maligno)!.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Adriana Calcanhotto - Maré


Quando ouvimos falar de Adriana Calcanhotto prontamente nos vem à cabeça “aquelas” músicas. Sim, aquelas famosas que todos já conhecem e sabem cantar como “Vambora”, “Esquadros”, “Devolva-me”, “Mentiras” e outras mais. São sucessos que definitivamente marcaram a carreira da cantora e a definiram como grande nome da MPB, mas não refletem o melhor de seu trabalho, em minha opinião.

Antes de iniciar seu projeto de musica infantil, Adriana lançou em 2008 um álbum intitulado Maré. Com algumas composições próprias e algumas versões de grandes nomes da música brasileira, como Caetano e Dorival Caymmi, este é o melhor da cantora.

Como o próprio título sugere, o mar é norteador das canções escolhidas, que sempre se relacionam de uma maneira ou outra com o personagem maior. Como Adriana Calcanhotto canta na faixa “Seu Pensamento”, acho que a proposta do álbum é nos fazer “ter os pés na areia em pleno apartamento”.

Agrada-me muito a faixa “Para Lá”, cuja letra foi um presente de Arnaldo Antunes à Adriana em um “amigo secreto” de músicos na casa de Marisa Monte. No contexto do álbum, gosto de encarar a montanha como as serras do mar. (talvez seja só para não perder o argumento hahaha)

A última faixa é uma linda versão só voz e violão de “Sargaço Mar” de Dorival Caymmi, com os intrumento sendo tocado por ninguém mais, ninguém menos que Gilberto Gil.

Ouça e sinta a brisa.

.Maré

.Seu Pensamento

.Para Lá

.Onde Andarás

.Sargaço Mar

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pra Falar de Carnaval

Resolvi publicar novamente o texto relacionado ao carnaval de 2011. Mesmo porque, não houve grandes mudanças no cenário geral.


A única coisa que me chamou atenção neste carnaval 2011, tirando o tombo da Ana Hickmann, foi o início da apuração do Rio de Janeiro quando foram anunciadas as multas às escolas de samba. Fiquei incomodado em relação aos valores; duas multas de 45 mil, uma para o Salgueiro e outra para a Mangueira, e uma de 100 mil para a Portela. Salgueiro e Mangueira tiveram problemas na concentração, enquanto a Portela ultrapassou o tempo limite de desfile em 1 minuto.

(Lembrando que a Portela não disputou o carnaval devido ao incêndio na “Cidade do Samba”)

Parecia-me algo um tanto inexplicável, este valor absurdo por apenas 1 minuto de atraso e acabei sentindo pena da escola. Ao conversar com amigos e conhecidos, percebi que ninguém sabia explicar para onde ia o dinheiro, o porquê daquele valor, quem era responsável pela multa, etc. Então, para desencargo de consciência, procurei entender melhor o funcionamento e a organização do carnaval.

O carnaval carioca é organizado pela LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) em parceria com a Riotur, que é um órgão da Secretaria de Turismo da cidade.  A Riotur cuida do funcionamento do desfile enquanto a LIESA se encarrega da parte administrativa e da direção artística.

A LIESA se assemelha ao “Clube dos 13” do carnaval. É uma associação das escolas da divisão especial para a organização e gerenciamento do evento na Sapucaí. Por cima, ela arrecada, paga os gastos e repassa os lucros às escolas de Samba. Até ano passado a prefeitura concedia à LIESA um adiantamento relativo ao valor das bilheterias (algo em torno de 5 milhões de reais) e ainda pagava uma subvenção às escolas.

Este ano o Ministério Público exigiu mudanças. O adiantamento e a subvenção não ocorrem mais. Porém, o sambódromo é cedido gratuitamente para o evento e as escolas de samba foram contratadas pela prefeitura para realizarem pequenas apresentações pelo preço simbólico de 1 milhão reais para cada uma. O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, disse que as escolas acabam tendo um gasto de cerca de 250 mil reais com tais apresentações pela prefeitura. O resto... sobra! Parece, mas só parece, uma ajuda de custo mascarada.

Muitos poderiam argumentar que é legítimo o investimento da prefeitura no carnaval, uma vez que ele é um fomentador do turismo na cidade. É verdade, mas é como acreditar que a alegria de sediar uma Copa, vale uma reforma de 1 bilhão no Maracanã. O problema é quando encaramos a realidade.

O Ministério Público investiga a LIESA desde 1998. O Governo chegou a fazer uma licitação para trocar de mãos a responsabilidade de organizar o carnaval carioca. Não houve nenhuma empresa interessada. Uma indagação: se o carnaval envolve tanta grana, gera tanto lucro, porque nenhuma empresa quer se responsabilizar por ele.

Em 2007, na Operação Hurricane, feita pela Policia Federal contra a corrupção no poder Judiciário do Rio de Janeiro, a relação do “carnaval organizado” e os bicheiros foi escancarada. O então presidente da LIESA, Ailton Guimarães Jorge, foi preso juntamente com o presidente de honra da Beija-Flor, Aniz Abrahão David. Na casa do sobrinho do Capitão Guimarães foi encontrada uma fortuna de 9 milhões de reais escondida em uma parede falsa.

Além da relação com o jogo do bicho; pipocaram outras acusações contra Aniz, como a de contratar um pistoleiro para ameaçar os jurados em prol de benefícios a Beija-Flor, pagamentos de propina, etc. Talvez isso ajude a explicar porque nenhuma empresa se candidatou à licitação para assumir a organização do desfile.

Este ano, a Polícia Civil e a Federal “devolveram” a LIESA um camarote que utilizavam de maneira gratuita no carnaval. A desistência do presente se dá algumas semanas após dezenas de policiais civis e federais terem sido presos durante a Operação Guilhotina. As investigações constataram, no meio de tantas outras atividades criminosas, a proteção por parte da polícia aos bicheiros.

Além de muito dinheiro, proveniente de bilheterias, camarotes, impostos (que nós pagamos e a prefeitura investe) e atividades ilegais, o “carnaval organizado” ainda conta com as negociações de direitos transmissivos, patrocínios e por aí vai.

Voltando às multas que motivaram este texto, diante de tanta grana rolando, agora me parecem insignificantes. As multas de 45 mil estavam previstas no regulamento, já a de 100 mil deve ter sido fruto de algum outro acerto, contrato, adendo, parágrafo ou o que quer que seja. A verdade é que já não sinto pena da Portela ou escola nenhuma, sinto pena de quem trabalha e chora por elas.


segunda-feira, 19 de março de 2012

The Verve - Urban Hymns

The Verve não é Oasis. Oasis não é The Verve. Bitter Sweet Symphony é do The Verve. Não do Oasis.

Na realidade as duas bandas tiveram uma relação próxima durante os anos 90, quando fizeram diversos shows e turnês juntos pelo Reino Unido. Noel Gallagher, do Oasis, chegou a dedicar a música "Cast No Shadow" ao vocalista do Verve, Richard Ashcroft.

Bitter Sweet Symphony (ouça a baixo), que é daquelas músicas clássicas do subconsciente, foi motivo de uma grande polêmica envolvendo os Rolling Stones. Tudo porque os Stones permitiram à Andrew Oldham Orchestra lançar diversas versões instrumentais de suas canções. A música The Last Time se transformou nisso:


O The Verve chegou a negociar a utilização do instrumental da orquestra, mas, sob o argumento de que eles “utilizaram demais”, foram condenados a pagar royalties para Mick Jagger e Keith Richards.

O álbum Urban Hymns de 1997, que abre justamente com Bitter Sweet Symphony, mantém o excelente nível da primeira faixa. Com um estilo rock mais comercial (os trabalhos anteriores eram mais... psicodélicos, podemos dizer) a banda explodiu em sucesso pelo mundo inteiro. Lucky Man foi o outro grande hit do CD e é com certeza minha favorita.

Infelizmente a banda mostrou falta de habilidade para lidar com a fama, começando a deteriorar após o lançamento de Urban Hymns. Com tours e projetos atrasados, shows de péssima qualidade e brigas internas, terminaram em 99 e retornaram em 2007. Lançaram mais um álbum e... terminaram novamente.

Bitter Sweet Symphony.

Sonnet.
Space And Time.

Lucky Man.

One Day.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Memes Deste Dia

POR FRANCISCO FERNANDES CASTRO FILHO



Caramba, é o sexto telejornal de hoje falando desse julgamento do caso Eloá. Sinto como se o mundo tivesse parado para acompanhar este evento. O Mercado Comum Europeu,os policiais de Salvador, o povo da Síria, os zuretados do BBB12, todo mundo está com os olhos postos no Fórum de Santo André. Parece que até o funeral da Witney Houston foi adiado... Ainda bem que me resta o Facebook prá ver outras coisas. Ele tem sido minha salvação nas últimas 4 horas. Caramba, to sem grana de novo e o pessoal ta me chamando prá outra parada hoje à noite. Acho que não vai rolar um adiantamento de mesada. To acumulando pointstreaks, mas ainda não dominei essa porra do MW3. Parece com as outras versões, mas só parece. Bateu essa fome danada e não tem mais nada na geladeira. Que falseta esse Datena. Já não agüentava ele antes. Agora fica dando uma de pai carinhoso só prá falar da filha que posou prá VIP. Se fosse paizão mesmo nem deixava ela posar. O Corinthians já fez o reconhecimento do estádio. A estréia é hoje. Algo me diz que esse Táchira é o início do caminho prá ganhar essa Libertadores. O filme que a Irina postou dela é muito massa! Não me conformo que uma mulher linda assim namore aquele “bambi “do Cristiano Ronaldo. Eu li praticamente todo o manual da Faculdade. Agora preciso saber em que dia começam as aulas. Preciso ligar pra Zuzu e saber se ela vai me devolver o “Liberdade”. Queria terminar de ler aquele livro apesar de ter odiado o jeito desse Jonathan Franzen escrever. Onde será que está aquela minha camiseta azul? Prestige Shop... que porra é essa? Esse jogo é ta me matando!Parece que terminou: baixei a discografia do Lokua Kanza. Eu admiro caras como ele, o Salif Keita, o ... esqueci o nome caramba, mas eu acho a músicalidade da África muito profunda. O som que eles fazem, o modo como cantam e aqueles arranjos... É algo visceral, entranhado mesmo. Sei lá porque as pessoas choram ouvindo a Adele. Não acho nada demais nela. Ok, tem algumas músicas legais, mas é que... ah tá, porque não entrevistam o Lindemberg ao vivo? Isso é um circo! A imprensa fica fazendo essa tragédia parecer uma novela da globo. Por que tem tanta gente que se presta a jogar esses joguinhos estúpidos do Facebook? Eesses feeds só tomam espaço e tempo. Será que ainda sobrou uma bolachinha na dispensa? Vou lá ver.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Gorillaz - Gorillaz (2001)

Quem não se lembra daquele clipe em desenho dos gorilas correndo atrás dos integrantes da banda? Do baterista gordão e estiloso? Daquele molequinho em animação, com aquela voz de criança, cantando enquanto o jipe corria pela estrada até encontrar um alce gigante?

Quem era criança na época não sabia muito bem do que se tratava. Ouvia que os desenhos representavam cada integrante da banda, que eles não apareciam ao vivo, que os shows eram feitos com telões gigantes e por aí vai... E os chamavam de “banda virtual”, o que pra mim já pareciaalgo "diferente".

Hoje se sabe que os desenhos de fato não se inspiravam em ninguém, eram apenas personagens criados pela dupla britânica Damon Albarn e Jamie Hewlett em 1997. O projeto completo foi feito sempre em parceria com outros músicos, rappers e colaboradores para as canções, desenhos e clipes. Até |Snoop Dogg já participou em shows da banda.

O primeiro álbum foi intitulado justamente Gorillaz e lançado em 2001. A faixa “Clint Eastwood” foi o primeiro single da banda e o primeiro sucesso (era o vídeo dos macacos saindo debaixo da terra).

A constante mudança de colaboradores deve ser responsável pela variedade e ecleticidade das músicas do álbum. As faixas parecem ser mais uma experiência em andamento do que músicas prontas, e é justamente essa escapada do comum, do produto feito, que me atrai no CD. Com a cabeça aberta, é algo definitivamente gosto de se ouvir. “Tomorrow Comes Today” é um bom exemplo disso.

O único problema é a última faixa que contém aquela besteira de faixa bônus. Então, quando você coloca no iPod, a música acaba e fica 10 minutos em silêncio até começar a próxima, e nesse tempo você fica achando que o volume abaixou, que o fone tá zuado ou que o iPod travou.

.Re-Hash

.5/4

.Tomorrow Comes Today

.Clint Eastwood

.19-2000 (Remix)

Polícia: quem não precisa?

POR FRANCISCO FERNANDES CASTRO FILHO




É duro admitir: precisamos de polícia.

Sem a força policial Salvador virou o caos. Quem viu “Ensaio sobre a cegueira” (belíssimo romance do José Saramago, filmado liricamente pelo Fernando Meirelles) e tinha dúvida sobre se a barbárie pudesse se instalar de forma tão devastadora como na ficção, nunca imaginaria acontecer 142, 153, 180 assassinatos em menos de duas semanas na cidade do Axé, 1/3 deles cometidos, segundo a imprensa, por milícias policiais. Policiais criminosos que executaram as vítimas com tiros na cabeça. É pior que qualquer guerra!!!

A escalada estatística das atrocidades – sim, porque a matança é só (só??) o mais violento dos crimes – inflama a greve, acirra a disputa  e o rastilho dela se espalha por outros estados. Onde a gente vai parar?

A polícia é um braço da sociedade. É o braço a quem foi dado o direito de aplicar a violência para manter a ordem e resguardar a civilidade (e veja só a situação das Forças Especiais: eles são uma força de polícia para usar da violência para conter... a polícia). A polícia que esta aí nem é aquela que gostaríamos de ter: não é educada, nem bem treinada, é estúpida, violenta em excesso e mal aparelhada. Mas é a que temos – e esta é a dura realidade – e é ela que impede que todas as cidades se tornem a Salvador dos últimos dias.

Quanto se deve pagar a alguém para viver assim? Quanto uma pessoa imagina ganhar para ser um policial? Onde os sucessivos governos têm estado com a cabeça para supor que R$ 1.300,00 é um salário pagável para alguém que exerce a função de polícia? Esse valor pode até ser o menor dentre os salários de todos os estados, mas o maior contingente da polícia recebe mesmo uma “merreca” para sustentar a família diante do risco brutal que enfrenta para exercer uma função tão fundamental para a sociedade.

Não vai ser fácil resolver a equação desse problema: não há mágica no orçamento dos estados que permita resolver a questão rapidamente. Os grupos de pressão já estão agindo: de vereadores a senadores, de jornalistas a ativistas, de sindicalistas a reivindicadores legítimos, dos “policiais criminosos” aos “bons policiais”... O caldeirão das pressões está borbulhando. Quem terá criatividade e coragem de encaminhar uma solução efetiva? Como vamos tratar dessa questão no próximo ano? Daqui há três ou cinco anos? Na próxima geração?

Estas, dentre outras perguntas, são dirigidas a quem precisa de polícia.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Guster - Keep It Together

Já escrevi sobre Guster, anteriormente na minha vida, e acuso meu erro de ter dito que apenas o álbum “Ganging Up The Sun” era realmente bom. Às vezes é necessário aprender a gostar, e foi o que aconteceu comigo.

 “Keep It Together” é o quarto álbum da banda. Lançado em 2003, o marco deste CD é a substituição da percussão, que marcava todos os trabalhos anteriores, pela bateria. A entrada da “batera” permitiu que eles deixassem um pouco de lado as gravações acústicas e passassem explorar mais sons, mais instrumentos, o que sem dúvida nenhuma enriqueceu muito as canções. As faixas são, ao mesmo tempo, bem diferentes e bem homogêneas; nunca saindo da característica do álbum, mas também não se tornando repetitivas.  O trabalho com as vozes continua extremamente gostoso de ouvir, especialmente em “Jesus On The Radio” (faixa que eles costumam cantar “a capella” em shows).

Recomendo para qualquer um que pegue o ônibus da meia noite de São Paulo para Curitiba, que faça fluxos de pensamento dotados de emoção quando sonorizados por um fone no ouvido e que goste dessa sensação. Sabe quando você se pega olhando pela janela, enquanto a estrada passa, e começa a pensar sobre a vida das pessoas naquelas casinhas acesas, sobre o fim do mundo, sobre a infinidade (ou não) do universo, ou sobre sua namorada? Então, é isso aí.

Acho que o que me trás a sensação de que esse álbum seria uma boa trilha sonora da minha vida é o fato de tê-lo descoberto pelo filme “Penetras Bons de Bico” com a faixa “I Hope Tomorrow Is Like Today”, e, principalmente, por ter ouvido a faixa “Keep It Together”,que leva o nome do CD, numa das séries que mais utilizou o recurso  musical para emoção: The O.C. (Dica: 1ª temporada, episódio 8).

.Diane

.Careful

.Jesus On The Radio

.Keep It Together

.I Hope Tomorrow Is Like Today

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Instituto - Coleção Nacional

Em 2009, fui com amigos a um bar na Inácio Pereira da Rocha para ver “um cover de Tim Maia racional”. Mal sabia eu que iria conhecer um projeto de primeira qualidade, que envolvia sim covers de Tim Maia Racional, mas, mais do que isso, era uma seleção de músicos fazendo um tributo sensacional.

Esse primeiro show da Banda Instituto que tive o prazer de acompanhar contou com a presença de Seu Jorge e Céu, além dos parceiros regulares da banda no projeto: Thalma de Freitas, B-Negão, o rapper Kamal e o tecladista Carlinhos da Fé. Incrível.

A banda em si, não conta com nenhum destes nomes famosos. No único CD deles que encontrei, chamado Coleção Nacional de 2002, há participações especiais de Sabotagem, Rappin Hood e outros rappers e músicos famosos. O álbum é uma combinação perfeita do rap e do hip hop com o som instrumental da banda. Destaco aqui a faixa "Dama Tereza", cantada por Sabotagem rimando tudo em "i". Sem sombra de dúvidas, a melhor.

Eles também já fizeram diversos trabalhos para cinema e televisão (como a produção musical da série Alice da HBO), e realmente honram o nome de Instituto, com uma excelência fora do comum.

.Beatboxsamba

.Dama Tereza (com Sabotagem)

.Dia de Desfile (com Rappin Hood)

.Tabócas (com Z'África Brasil)

.#1

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Blink 182 - Neighborhoods

Seguindo uma (dentre muitas) de minhas características mais irritantes, resolvi recomeçar o blog do zero, algo que costumo realizar com frequência em diversos aspectos da minha vida. Portanto, para simbolizar este reinício, pensei em selecionar um álbum emblemático, que representasse o esforço e o suor de um retorno! Considerei fazer uma piada com o Restart mas não colou... então direto e reto: escolhi o último álbum do Blink.

Assim como eu, uma das minhas bandas prediletas retornou de um longo hiato, e, apesar de eles ainda não estarem na melhor forma, o álbum “Neighborhoods” é legalzinho; bem assim, no diminutivo mesmo. Tive trabalho para escolher as cinco músicas que colocaria no post, mas consegui. A verdade é que esperar aquele Blink irreverente de antes é um erro. Os caras mudaram e suas músicas mudaram.

A faixa Wishing Well é sem dúvida minha favorita, pois se assemelha muito com as músicas do "Take Your Pants Off and Jacket" (o CD dos semáforos). Segundo meu irmão, Hearts All Gone lembra o começo de carreira do Blink (para quem conhece os álbuns "Buddha" e "Chesire Cat"). O resto do álbum se enquadra no estilo que a banda vinha seguindo antes de terminar, saindo daquela temática adolescente e descontraída, partindo para canções mais sérias e até depressivas . Que pena que o tempo passa... mas ainda tá bacaninha.

.Wishing Well
.This Is Home

.Kaleidoscope
.After Midnight
.Hearts All Gone